Google Analytics

sábado, 2 de outubro de 2010

A Buddineria

"Buddino", em italiano, quer dizer pudim. Então a Buddineria, em português, pode ser lida como a Pudineria e é isso mesmo que você está pensando: uma lanchonete especializada em pudins. São o carro-chefe da casa. Quem diria que aquele produto feito de pozinho Royal podia ter tanto destaque por lá?

A Buddineria fica em Padova, e na noite em que fui conhecê-la estava repleta de gente. Lógico que a casa não se sustenta apenas pelo amor dos clientes a essa sobremesa - lá também vende gelato e lanches ligeiros. Mas os pudins são, realmente, um espetáculo à parte.

Fiquei encantada com o lugar (eu também adoro pudim, kkkkk), que logo na entrada tem um pudim gigantesco pendurado no letreito:

E de morango! Nham...

Os guardanapos são impressos com uma frase muito fofa: "Mangia buddino e torna bambino!" (Coma um pudim e volte a ser criança). Guardei um desses guardanapos para o scrapbook da viagem que, um dia, pretendo fazer...

Mas, que "buddino mangiei" para "tornar bambina"? Como boa brasileira, pedi um pudim de chocolate com banana, adequadamente batizado de "cichita" (pronuncia chiquita mesmo!). Olha o resultado:


E não é que o slogan estava certo?!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Praia - parte 2

Antes de me aventurar nos pedregulhos de Capri, a primeira praia que visitei na Itália foi Viareggio. É uma cidade litorânea na própria Toscana, a apenas uma hora de trem de Firenze [mais ou menos o mesmo tempo de viagem daqui de casa até a praia de Ipanema...]

E foi a primeira vez que entrei em contato com o sistema de praias privatizadas da Itália.

Lá é assim: toda praia é pública, no sentido que ninguém é proibido de se banhar em qualquer parte da orla. O problema é que, em determinados trechos (na verdade, em imeeensos trechos), a gente só pode deixar nossas coisas na areia mediante o pagamento de uma taxa aos bares que lotearam essa faixa de areia. E não é coisa pouca: os bares e restaurantes cobram 10, às vezes 15 euros para o banhista poder ficar na faixa de areia loteada por eles. Com mais outros 15, tem direito a usar um ombrelone. E a gente reclamando dos carinhas que cobram pela cadeira e pelo guarda-sol lá em Ipanema!

Mas não vão pensando que gastei essa baba toda pra poder ir à praia em Viareggio, Positano e Capri. Para a felicidade geral, há as praias públicas.

Praia pública em Capri

É lógico que a localização dessas praias deixam a desejar - a praia pública de Positano, por exemplo, fica ao lado do cais que recebe as embarcações na cidade, o que resulta em óleo de barco flutuando na água de banho, por exemplo (nojento!!!).

Praia pública em Positano (saca só o pier...)

Em Viareggio, a situação é engraçadíssima. A praia pública é uma micro-faixa de areia, espremida entre as pedras e o cercado de um dos restaurantes que lotearam a praia. E desnecessário dizer que essa parte da praia era a mais movimentada, colorida e divertida. Tinha até uns camelôs circulando e vendendo cacareco! E o que é melhor: a água era limpa.

A animada praia pública de Viareggio... Olhem as cadeiras laranjas 
vazias do restaurante ao lado.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Praia - parte 1

Fui à Itália na primavera, um período de quase verão. Era um clima agradável, de dias quentes e noites muito amenas (amenas até demais para a carioca aqui). Então, para aproveitar o sol mediterrâneo sem os excessos do verão, tratei de separar um fim de semana para uma viagem à praia. Afinal, apesar de suas inúmeras qualidades, Firenze, infelizmente, não é banhada pelo mar... A praia mais próxima fica a uma hora, na cidade de Viareggio - que também visitei, mas vale um post à parte.

Em um fim de semana estendido, visitei a ilha de Capri e a cidade de Positano, ambas próximas a Nápoles. Já conhecia Capri de nome e, pela sua enorme fama, mal pude esperar para colocar meus pés na ilha e aproveitar a praia paradisíaca que os álbuns de foto mostram.

Sim, amigos, a praia é, de fato, lindésima. Só que há um graaande porém: não tem areia! É toda coberta de pedras, algumas enormes. Imagina o que é tentar entrar na água pisando em pedregulhos? Aja pé! Saca só a dificuldade da moça em sair da água:


A praia em Positano, uma cidadezinha de praia charmosíssima, também tem pedras em vez de areia, mas são bem menores (e lisas) do que em Capri. A caminhada até a água dói ainda, mas não tanto... Olha como é a "areia" em Positano:


O problema dessa "areia" é que é escura e capta o calor do sol muito facilmente. Até num dia nublado, como esse em que fui a Positano, essas pedras queimam à beça. Mesmo colocando uma toalha de banho grossa sobre as pedras, eu podia sentir o calor delas... Um tremendo suadouro!

Mas vamos combinar que, agruras à parte, tudo valeu a pena (e muito!). É só olhar para a foto abaixo para ver...

domingo, 11 de julho de 2010

Os asiáticos

Estou pra ver um continente que goste mais da Itália do que a Ásia. Os asiáticos invadem o país na época do verão. São quase a maioria dos turistas lá em Firenze, por exemplo - a ponto de vários restaurantes já exibirem seus cardápios em chinês e japonês. Mas os turistas asiáticos não são apenas oriundos desses dois países. Há também muitos viajantes da Indía, Paquistão, Coreia, Filipinas, etc.

No meu curso de italiano, que tinha poucos alunos (mais ou menos de 15 a 20 no total), havia sempre mais de um japonês por lá: entrava aluno, saía aluno, e sempre tinha pelo menos um japonês para representar o país. E as histórias dos estudantes japoneses eram muito parecidas também. Eles chegavam a Firenze sem falar uma palavra de italiano e mal arranhando o inglês, para passar uma temporada de três meses, em média, aprendendo a língua local. Tinha um que iria passar seis meses (!!!) estudando italiano em Firenze. Imagina que sonho!

Entre os turistas asiáticos, podíamos identificar dois tipos bem comuns: os que viajam de excursão, em grupo; e os casais que viajam em lua-de-mel - este úlimos, presença quase constante nas ruas de Firenze. Aliás, há também os que aproveitam e se casam na Itália, pra emendar logo a lua-de-mel. Os casamentos são, quase sempre, extravagantes (e um pouco cafoninhas também). Presenciei dois, e de um tive até que bater uma foto, devido ao inusitado da situação:


Essa foto é de Veneza (como pode-se ver pelo gondoleiro caracterizado), e a cadeira em primeiro plano é justamente da gôndola que levaria a noiva. Achei muito engraçado os tênis coloridos usados pela moça, e resolvi bater a foto. Aliás, os tais tênis não foram notados só por mim; uma senhora, proprietária de uma loja perto de onde a noiva estava se preparando, apontava para os sapatos e dizia, desconsolada: "mas olha só esses sapatos! É o fim do mundo, mesmo..."

P.S.: O outro casamento que vi foi em Firenze mesmo, na praça do Duomo. O casal de noivos passeava pela praça em uma das charretes que costumam ficar por lá, para serem alugadas. Bem breguinha mesmo...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O aperitivo

Aqui no Brasil, a gente costuma dizer que "vai ali tomar um aperitivo" quando, na verdade, vai encher a cara de cerveja enquanto se entope de amendoim japonês e pastel de carne. Bem... na Itália, não é bem assim.

Encontrei vários bares fiorentinos que ofereciam o tal "aperitivo", mas só na minha segunda ou terceira semana é que fui realmente ver o que era. E achei curiosíssimo. É assim: você paga por uma bebida, um drinque (por exemplo, 8 euros) e tem direito a comer em um pequeno bufê de refeição ligeira: massas, torradas com paté, saladas, e até frutas. O objetivo é abrir o apetite para a refeição mais importante - no caso, o jantar.

Mesa de bufê de aperitivo

É lógico que nós, turistas, não víamos dessa maneira: nosso lance era comer bastante desse bufê como se fosse o jantar, e ainda tomar um drinquezinho de lambuja. Só que, bem... eu não tive sorte com os drinques que pedi. Vou explicar.

A piña colada - Acontece que sou louca por piña colada. É meu drinque favorito, pedido certo sempre que me animo a tomar bebida alcoólica (o estômago reclama, mas fazer o quê? A gente tem que tomar uma birita de vez em quando nessa vida). Então, em minha primeira experiência no "aperitivo", decidi pedir a piña colada. Foi uma má escolha. Veio um drinque aguado feito com suco de abacaxi (péssimo, por sinal) e sem qualquer vestígio de coco. Nem consegui tomar aquela coisa chocha até o final.

Errar é humano, e insistir no erro é burrice. Mas como sou brasileira e não desisto nunca, tentei provar a piña colada em outro lugar. E, dessa vez, veio um drinque fortíssimo, cheio de rum, com gosto de coco, mas sem sabor algum de abacaxi. Talvez, se eu juntasse as bebidas dos dois lugares, resultasse em uma piña colada minimamente tragável. Blergh.

Spritz - Uma amiga italiana disse ser essa uma das bebidas mais populares por lá, principalmente na região de Venezia. Como ela não soube me dizer do que esse drinque era feito, resolvi ousar e provar assim mesmo.

Bem, só de ver a barista fazendo o drinque já não havia me animado muito: água com gás, prosecco e Campari. Putz, eu detesto Campari. Mas vamos lá, que a aparência da bebida era até bonita: vai que o prosecco tem alguma química maravilhosa que anula o amargo do Campari?

Spritz: bonitinho, mas ordinário
É, não anulou. O troço é extremamente doce e amargo ao mesmo tempo (como pode isso?!!), muito ruim mesmo.

E foi assim que eu deixei a Itália sem ter tomado um único drinque decente. Salute!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

As tentações do supermercado

Gosto de passear no supermercado, fazer compras: meu grande risco é que sempre sou tentada a comprar alguma coisa diferente que atrai minha atenção. Imagine, então, como foi para mim entrar em um supermercado italiano. Tantos produtos diferentes dos vendidos aqui... E mesmo os que encontramos por aqui não são exatamente iguais. Vamos lá.

Ferrero Gran Soleil -  Não encontro no Brasil essa maravilha. Trata-se de uns potinhos que se compra já na saída do caixa. Em casa, o procedimento é simples: sacuda o potinho e coloque no congelador de um dia para o outro. No dia seguinte, você terá como sobremesa um sorbet bem gostoso, e que ainda ajuda na digestão. É viciante, principalmente pela praticidade. Acho que provei quase todos os sabores (cappuccino, baunilha, tangerina, limão, chocolate e abacaxi) e fiquei apaixonada pelo sorvetinho. Só para não dizer que é perfeito, devo confessar que o piorzinho é o de abacaxi (aliás, corra de qualquer coisa feita com abacaxi na Itália, não presta mesmo: devo abordar isso de novo em outro post que farei futuramente).

Bolinhos mil - "Como gostam de um bolinho, esses italianos!", foi o que pensei, a julgar pela quantidade e variedade deles nos supermercados de Firenze. São vendidos aos pacotes, que não contêm menos que seis unidades. Têm desde o nosso clássico Ana Maria (chamado lá de "plum cake"), até itens mais elaborados, como o tegolino (foto). Meu preferido era o pan goccioli, produzido pela Mulino Bianco, divisão da Barilla que fabrica biscoitos e bolos. "Pan Goccioli" nada mais são que pãezinhos com gotas de chocolate. Deliciosos!

Danete superescuro - Achei também por lá o equivalente ao Danete/Chandelle daqui. Como adoro, comprei um para experimentar. Para quê? Mais uma coisa a viciar. O primeiro susto foi quando abri o pote: o creme é muito, muito escuro. Mesmo! Chocolate meio amargo total. Como não é muito doce, você come tudo num fôlego só. E o gosto de chocolate fortíssimo, inconfundível.

É, a quantidade de posts envolvendo comida estão numerosos, mas não acho isso uma surpresa - principalmente em se tratando de Itália. Eu, que adoro provar, experimentar, degustar, fui para um país reconhecido pela boa mesa que oferece. Com perdão do trocadilho, simplesmente juntou-se a fome com a vontade de comer!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Gelatos!

Mencionei o gelato no post abaixo, e aí percebi que ele merecia um post à parte (até mais de um, mas acho que ficaria meio chato, kkkk).

No mês em que fiquei na Itália, tomei um gelato por dia, mais ou menos. "Bem", podemos pensar, "nada mais natural; está calor e é quase verão por lá". É, mas acontece que os italianos não gostam muito de tomar gelato no calor: gostoso mesmo é tomar gelato quando está mais frio. Durante o verão, toma-se mais durante a noite, após o jantar (tipo 22h).

Parece um contrassenso, mas acontece que o gelato não tem a mesma consistência do nosso sorvete. É mais cremoso e, portanto, mais suscetível ao calor, derrete muito rápido. Logo, é bem difícil consumi-lo num dia mais quente: o cidadão periga ficar com a mão toda melecada.

Sabores -Vi muitos sabores de gelato (tive a felicidade de estar em Firenze quando a cidade teve seu primeiro Festival de Gelato!), provei vários e fiquei completamente apaixonada por alguns.

O primeiro gelato que tomei foi uma composição de quatro sabores: stracciatella (flocos), nocciola (avelã), pistacchio e, como adoro sorvete de creme, crema. Só que creme lá na Itália, não sei porque, tem gosto de laranja (?!).

Provei tantos que posso até desenvolver um top 5 dos meus preferidos:
  1. Fior-di-latte & menta - especialidade de uma rede de gelaterias, a Grom, esse sabor junta mozarela (tipo bola) e menta. Delicioso quando combinado com cioccolato fondente, outro preferido.
  2. Pistacchio - Nunca gostei muito de sorvete de pistache aqui no Brasil, mas agora descobri o porquê: porque simplesmente não tem gosto de pistache. Até a cor é diferente.
  3. Cioccolato fondente - É chocolate em estado roots, hard-core; super escuro.
  4. Nocciola - Um clássico das gelaterias italianas, facílimo de achar.
  5. Limoncello -  versão em gelato da tradicional bebida alcoólica, copia até a cor amarelo-cheguei. Muito, mas muito bom mesmo!

Vi gelatos de pistacchio ainda mais escuros que este. 
Mas este ainda tem a cor bem natural. 
Ao contrário dos sorvetes de pistache brasileiros...

    terça-feira, 22 de junho de 2010

    Cantuccini com Vinsanto

    Essa é uma sobremesa bem típica da Toscana.

    Cantuccini são biscoitos que parecem com a nossa cavaca, mas são cortados em pedaços e levam amêndoas na massa. São bem duros e com a coloração meio amarelada, por causa da grande quantidade de ovos utilizados na sua fabricação. Podem ser chamados também de biscotti ou cantucci.

    Vinsanto ou Vino Santo é uma espécie de vinho licoroso, apropriado para o final das refeições, produzido na Toscana. Tem gosto de uva passa (argh) e coloração âmbar.

    Como se come? – A sobremesa é composta por vários cantuccini e uma taça generosa de Vinsanto. Os cantuccini podem ser molhados no Vinsanto antes de ser comidos, e é assim que a maioria das pessoas consome esse tipo de vinho.

    Minha avaliação - Eu detesto uva passa, mas a-do-rei o cantuccini com vinsanto. Foi minha sobremesa preferida na Itália (excetuando o gelato, que é hors-concours).

     Ai, deu fome só de olhar!

    segunda-feira, 21 de junho de 2010

    Televisão

    Tá certo que não vi muita televisão na Itália. Aliás, esse é um hábito que não tenho nem mesmo no Brasil, já que vejo todas as minhas séries preferidas pela internet agora. Mas, vez ou outra, eu ligava a TV para ver programas italianos e, assim, quem sabe, aprender um pouco a língua. Acabei notando duas coisas curiosas:

    Telenovelas - Pela quantidade de novelas na programação, acho que os italianos são fanáticos por elas. Tem até uma sessão chamada "Pomeriggio D'amore" no canal Rai 2, na qual passa novela toda a tarde. No entanto, não vi nenhuma novela brasileira. Nesse período da tarde, eles transmitem uma novela italiana que não me lembro o nome, uma novela americana interminável (tem mais de 20 anos) que se chama The Bold and the Beautiful e uma novela alemã, Alisa.

    Quando chegava do curso, às 13h, ligava a TV e tentava acompanhar os diálogos. Eu dividia o apartamento com uma holandesa que era fanática pela The Bold and the Beautiful, e ela tentou, com muito custo, me explicar a trama rocambolesca da novela. Deu até saudade do Manoel Carlos...

    Por falar nele, acho que os juízes italianos da vara de menores não são tão ativos quanto os brasileiros. Enquanto no Brasil se empurra a novela para as 22h por causa das cenas mais calientes, na Itália elas rolam mesmo às 14h, em plena tarde.

    Sem tele-prompter - taí uma coisa que eu queria entender: por que diabos a maioria dos apresentadores italianos de programas jornalísticos não usam o tele-prompter? Fica a câmera focalizando uma pessoa que fica lendo de um papel o tempo inteiro. Muito estranho.

    E a Rai 1? - Não sei sobre a programação da Rai 1 porque a televisão do apartamento em que fiquei devia ser a única da Itália que não conseguia sintonizar esse canal. Todo mundo acompanhando os jogos da Copa, menos eu...

    Enquanto isso, na MTV... Uma das músicas mais tocadas na Itália nesse mês que fiquei lá:

    Stromae - Alors on Danse

    sábado, 19 de junho de 2010

    Comendo no restaurante

    Quando me preparava para vir a Itália, dei uma folheada em alguns guias turísticos, para saber como me portar nos restaurantes, etc. Em vários deles, encontrei a dica de que, para economizar na comida, podia-se pedir junto com uma pessoa um primo e um secondo piatto (massa e um prato com carne, na maioria das vezes) e dividir depois. Mas, vamos por partes, que isso pode dar problema.

    Primeiro porque a dica não se aplica a todos os restaurantes, uma vez que as porções são muito diversas. Em alguns lugares, a porção é tão pequena que é mesmo necessário pedir o secondo piatto - então, nem pensar em dividir. Mas há lugares em que o prato é tão farto que dá para dividir tranquilamente. Como saber? Pode-se tentar perguntar ao garçom, mas o conceito de muita e pouca comida é meio relativo, especialmente na Itália. Eu sempre pedi meu prato em separado, não dividi; se continuasse com fome após o primo piatto, pedia o secondo.

    Posso pedir só um prato? - Uma coisa: em alguns desses guias que li, parecia que você era meio que obrigado a comer os dois pratos, como se fosse um tipo de gafe não consumi-los. Se é realmente uma gafe, não sei, mas os restaurantes já estão acostumadíssimos com que as pessoas peçam apenas um prato em vez de a refeição completa. Em alguns casos, os garçons até perguntam se é só isso mesmo, se ninguém quer mais nada; mas, no geral, ninguém fala nada. Em toda minha viagem, se não comia pizza (o que era uma constante, claro), me contentava com um prato de massa (o primo piatto) e olhe lá! Em algumas regiões turísticas, só o primo piatto pode custar 15 euros.

    Menu turístico - Se a pessoa quiser ter a experiência de comer a refeição completa, a maioria dos restaurantes tem o que se chama de "menu turístico". O cliente paga um preço fixo - 20 euros, por exemplo - e tem três ou mais pratos para comer. Das opções que encontrei, já vi restaurante com menu de três pratos - massa, carne/peixe/frango e sobremesa; ou massa, carne/peixe/frango e contorno (acompanhamento, tipo batata frita) - e até jantei em um que tinha a refeição de quatro pratos mesmo - antipasto, primo piatto, secondo piatto e sobremesa. Esses menus valem a pena se você estiver com muita fome!

    Ciao!

    Este é meu último dia em Firenze, onde passei um mês estudando italiano e conhecendo um pouco a cultura desse país tão querido. Daí, como não resisto a criar um blog, achei que seria muito poético que essa jornada italiana terminasse com o início de outra coisa: um relato de tudo o que vi - e, principalmente, percebi - nessas quatro semanas.

    Apesar do título, Firenze & Eu, o que quero realmente é mostrar pedaços de curiosidade não só de Firenze, mas de outras cidades que visitei e, quiçá, do próprio cotidiano italiano. Minha pretensão não é transformar esse blog em um guia turístico - mas, é claro, eu ficaria muito feliz se algumas coisas escritas aqui ajudassem algum viajante.

    Ciao a tutti! Arrivederci!